quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Il mio gran viaggio!

Sei que não tenho passado por aqui já há algum tempo, mas enfim, me inspirei para escrever novamente. E desta vez, passarei adiante a experiência que estou tendo aqui na Europa, Itália.

Vista da praça de Michelangelo, Florença.
Foram longas horas de viagem de AM-SP/SP-Roma, mas que valeram a pena no primeiro minuto em que desembarquei. Era dia 21 de Dezembro de 2010 às 08:00h da manhã, Inverno, com temperatura de aproximadamente 5°C, logo ao sair do aeroporto e caminhar para a estação de trem ví minha respiração se condensar na minha frente. Era muito frio para alguém que saiu de um calor de 40 graus, mas segui adiante. Na viagem de trem da estação ao hotel logo pude observar Roma e sua beleza intrínseca, meus olhos curiosos queriam captar tudo no mesmo instante, mas o cansaço me roubava energia. Chegando ao hotel a única coisa que fiz foi deitar na cama e passar o resto do dia dormindo. Minha luta diária era contra o Inverno e o fuso horário, passei 4 dias em Roma me tremendo, com sono durante o dia e acordada durante a noite. Mas consegui conhecer seus pontos turísticos principais, me deslumbrei com tanta beleza e magnitude!!

Para uma Arquiteta recém formada que tanto estudou e viu Roma em papéis, imagens, apresentações em salas de aula, enxergar tudo aquilo de pé, erguido, em sua frente, ao vivo e a cores, não tem preço. Pura história viva!
Cerca de 70% de todo o patrimônio histórico da Humanidade está na Itália. Claro que ao observar toda essa história, ver como Roma está hoje e como eles preservam esse patrimônio, foi inevitável a comparação com Brasil, em todos os aspectos.

Aqui a moradia predominante são blocos de apartamentos de no máximo 7 andares, com diversas plantas baixas (desenho arquitetônico que dimensiona o apartamento). Isso se vê desde o centro da cidade até as zonas mais distantes, porém, no centro os prédios são bem mais antigos e um pouco menores. Com o crescimento da cidade os novos prédios já ganharam mais espaço e altura. Diferentemente do Brasil, aqui casas residenciais unifamiliares (pertencente a uma única família) são apenas para pessoas muito abastadas, essas casas são vistam em sua maioria nas montanhas ou campos, longe do centro da cidade.

Passeando pelas ruas você consegue perceber que muitas ainda são de pedra, estreitas mas bem sinalizadas. Percebe-se a preocupação com a acessibilidade nas calçadas, no transporte público (que é bem mais eficiente que o do Brasil), em restaurantes, bares, museus, etc.  Talvez essa preocupação se dê pelo fato de que a grande maioria da população local é idosa. Apenas as edificações mais antigas não possuem tanta acessibilidade.

A cidade em si é muito bem segmentada. Você consegue ir a pé ao bar comer um panino, dar uns 20 passos e encontrar um sorveteria, mais 20 passos um Pub, uma cafeteria, uma loja de sapatos, etc. A cultura de "shopping center" aqui não é muito bem difundida como é no Brasil. Apenas alguns pequenos centros comerciais, as demais são boutiques de rua.

Após 4 dias de peregrinação por Roma, tomei o trem para o destino final, Florença. Foram quase 2 horas de viagem, onde pude observar grandes campos verdes, um mar de girassóis, lindas paisagens montanhosas. E de Florença, eu só tenho elogios, é uma pequena cidade cheia de charme, cheia de Arte, majestosa, simples, pura em seu jeito artesanal de fazer as coisas. Foi eleita uma das 10 cidades mais belas do mundo e a melhor para se viver.

Claro que ao chegar eu logo percebi o quanto ela é mais fria que Roma, com um inverno abaixo de zero. Acabei ficando muitos dias em casa, fugindo do frio e nem mesmo assim escapei de um resfriado. Conheci bem mais de Florença após o mês de junho, quando se iniciou o verão e eu pude me deliciar no prazer de tomar um gelato, passear pelos parques, tomar um sol deitada na grama. Visitar os pequenos museus que guardam grandes preciosidades como a estátua de David esculpida por Michelangelo.

Viver em Florença e respirar arte por todos os cantos é bastante inspirador. Uma cidade tranquila que tem sua vida noturna movimentada, nem o inverno impede que os jovens saiam, se encontrem nas praças e Pubs da cidade, tomando um vinho e conversando bastante. A diversidade cultural daqui é vista nas ruas, pelo grande número de turistas vindos de todos os cantos do mundo. Você ouve conversas em inglês, italiano, francês, espanhol, português, chinês, esbarra com alguém e não sabe se pede: Sorry! Scusi! Pardon! Desculpe!

É uma troca cultural de muito valor. Minha intenção é poder me aprofundar mais em conhecimento aqui na minha profissão e desfrutar de toda essa qualidade de vida que Florença me oferece.

Prometo escrever mais constantemente contando mais curiosidades dessa minha estada por aqui.
Un gran Bacio!!
Ciao Belli. Arrivederci!

Liana

terça-feira, 17 de maio de 2011

ROMA, arqfotos

ROMA e nossas ARQfotos. Desfrute!!
ROMA, Campidoglio
ROMA, Casa Generalizia dei Religiosi
ROMA, Fontana di Trevi
ROMA, Foro
ROMA, Foro 2
ROMA, Pantheon

ROMA, Pantheon 2
ROMA, Piazza del Popolo
ROMA, Via Dell'Architettura
ROMA, Villa Borghese

ROMA, Piazza della Repubblica
Breve postarei mais fotos! Abraços.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

CRESCENDO PRA DENTRO



Agora com tempo disponível eu posso pensar mais. Não que eu tenha pensado menos mas o tumulto de uma vida urbana, cheia de barulhos e embrulhos me roubam de mim mesma. Quando você acredita saber tudo de si é quando você mais precisa parar. Estou tirando um tempo para mim, sem trabalho, sem correria, eu me descubro a cada silêncio. É com a mente sem tumulto que reflito melhor, talvez porque eu seja um pouco devagar e não funcione bem as pressas. Eu não preciso correr para alcançar a vida, ela está em mim o tempo todo, meu compromisso é apenas desfrutá-la. 


Aliás, eu nada tenho a ver com pressa, as pessoas apressadas eu veto. Elas falam depressa e não observam os detalhes, estão tão ocupadas com elas mesmas que nem percebem a confusão que causam na vida alheia sem pedir licença. E dizem viver com intensidade! Provavelmente não entendem de qualidade.


Eu nada tenho a ver com o que é dos outros, eu me pertenço e não me empresto. Eu me doo, sem pedir ou cobrar algo. Gente que está sempre pedindo alguma coisa em troca não merece o seu respeito, olham para você e enxergam apenas uma oportunidade de sair em vantagem, te desfalcando.


Gente acomodada eu também veto. É bem verdade que sou paciente e até tento colocar nessas mentes um pouco mais de ambição, mas geralmente, o efeito é momentâneo. Elas se acomodam na primeira poltrona disponível e ficam olhando tudo acontecer, viram fiscais da vida alheia, falam pelos cotovelos e se acham donos de um bom senso invejável. Tolos! São apenas espectadores!


Não, eu não nasci para espectador. Eu gosto de entrar em cena, gosto de mover as coisas e dar sentido as horas, de sorrir bastante e chorar quando der vontade. Eu não procuro estacionamentos porque sempre estou em movimento, me preenchendo de mim mesma e analisando novas oportunidades.


Nos abraços eu me agarro, com as palavras eu reflito e com atitudes eu me identifico. O que é comum já é sabido e não desperta o interesse. Crie um novo horizonte e logo você estará se reinventando todos os dias, ampliando sua visão de mundo.


A minha única pressa é para aprender o que ainda não sei, o que ainda não vi e o que ainda não li. A minha busca está no crescimento e para isso eu crio um caminho, não me atropelo. Quem eu aprecio carrego comigo e quem não me apetece fica para trás. E a cada passo eu me conheço mais, descubro do que sou capaz e empurro os meus limites.


E você? O que vai fazer nas próximas horas depois de ler esta crônica? Vou dar uma dica, fique em silêncio, mantenha-se fora do alcance. As palavras fazem refletir mas o silêncio faz você crescer para dentro. E crescer para dentro é não ter fronteiras, pense se você é alguém ambicioso ou se sua vida continua a mesma que há 4 anos atrás. Se conheça! Nada mais interessante do que alguém que é um oceano de possibilidades, alguém que está  imerso em sua própria essência.


Liana Lunardelli.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

SUSTENTABILIDADE

Sustentabilidade na construção civil com tijolo verde.


Tendência em diversos setores, a sustentabilidade também encontra espaço na construção civil. Para agradar o mercado, é cada vez maior o número de empresas que aderem princípios sustentáveis desde a concepção do projeto até a oferta ao cliente. Para o mestre em Sistemas de Gestão e coordenador do MBA em Construção Civil da FGV, Pedro Seixas, "a legislação ambiental e a sustentabilidade têm um impacto cada vez maior no empreendimento imobiliário, desde a compra de um terreno até as questões ambientais que vão influenciar no produto".

Prova disso, as certificações do Green Building Council são bastante cobiçadas por grandes empresas na hora de escolher sua localização física. Muitas vezes, estas edificações são capazes de reciclar seu próprio lixo, possuem sistema de captação de água da chuva e são projetados para aproveitar ao máximo a luz solar.

Outro ponto interessante é a utilização de materiais mais "verdes" na construção. De olho nesta tendência, o mestre em Engenharia Civil, Ricardo Ribeiro, e professor doutor Vsevolod Mymrine criaram a Risetech - Soluções Ambientais. Incubada no Centro de Inovações Empresariais do ISAE/FGV, a empresa é pioneira na produção de um novo conceito de tijolo, que vem para concorrer com o bloco de concreto, tijolo tradicional e tijolo solo cimento, comumente utilizados na fundamentação de construções.

Tecnologia brasileira, o Tijolo Ecológico Risetech tem como matéria prima os resíduos da construção civil e areia. Além disso, seu diferencial é a capacidade de seqüestrar CO2 da atmosfera durante seu processo de fabricação. Segundo o consultor de gestão da empresa, Almir Neves, o foco é oferecer os tijolos para lojas de materiais de construção. "A empresa ainda está em fase de estruturação, mas nossa meta é começar com 1% da produção da Região Metropolitana de Curitiba, em média 326,59 milheiros". A Risetech está em fase de estruturação e no momento busca investidores. "Temos e tecnologia necessária e o plano de negócios montado, agora é ir atrás de capital".



Fonte: Idéias Green

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

INTERVENÇÃO URBANA

O que é Intervenção Urbana?

Todo movimento artístico relacionado à intervenções visuais em espaços públicos é chamado  "intervenção urbana".  É através da arte nas ruas que esse movimento, que tem características underground, tenta transformar o espaço comunitário e as paisagens do dia a dia. 
Cores e formas ganham vida e mais, modificam vidas. A proposta é um exercício para o olhar viciado das grandes cidades, onde certas paisagens acabam passando desapercebidas, seja pela nossa rotina cada vez mais apressada, seja pelo nosso foco cada vez mais restrito. Para mudar esse olhar, artistas e anônimos se empenham em suas obras pelos muros da cidade: novos focos são criados e revela-se a beleza da cidade em lugares que fazem parte do cotidiano, mas que antes sequer eram notados.
Uma das formas de intervenção urbana mais conhecidas é o grafite. O movimento que sofreu com a discriminação nos anos 70 e teve como base a cultura hip hop, hoje se espalha pela cidade e redefine seu próprio estilo. Psicodelia, estilo tridimensional e personagens caricatos são elementos constantes nas obras dos grafiteiros.


No Brasil, alguns nomes merecem destaque: os gêmeos Gustavo e Otávio Pandolfo adotaram o apelido OsGemeos - [entrevista aqui ] e se tornaram uma das influências mais importantes na cena paulistana, ajudando a definir um estilo brasileiro de grafite. Hoje, suas obras estão em diferentes cidades dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Cuba, entre outros países.


Confira abaixo o trabalho dos OsGemeos:



Aqui, intervenções por outro grupo chamado FleshBeck Crew:


Fonte: Blog: Arquitetura de Interiores

terça-feira, 9 de novembro de 2010

SUSTENTABILIDADE




Os italianos Massimiliano e Doriana Fuksasvenceram o concurso internacional de arquitetura para o “Shenzhen Guosen Securities Tower”, primeiro arranha-céu a ser construído emShenzhen, na China. 

O projeto propõe a criação de um espaço públicoque se distribui verticalmente dentro da torre, enquanto a fachada apresenta um vazio tridimensional em zigue-zague, criando uma série de vistas diferentes para as áreas livres. Graças a essa solução, o pé-direito do átrio terá mais de200 metros de altura

Ao longo desse espaço público, criam-se espaços de convivência que privilegiam a entrada de luz natural e a ventilação cruzada. Além disso, asaberturas do zige-zague são pensadas conforme o contexto urbano além da fachada, para privilegiar as vistas das praças e avenidas do entorno


Nas áreas privadas da torre funcionará o escritório da corretora de títulos Guosen, sendo que os últimos andares serão reservados para a diretoriae para um clube esportivo. Na cobertura-verde, haverá um terraço com vista panorâmica da cidade, que é vizinha a Hong Kong.

Conheça o trabalho de Massimiliano e Doriana Fuksas: www.fuksas.it

Imagem: © Massimiliano Fuksas Architetto

Fonte: ARCOweb

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Le Corbusier em Madeira.

Loja italiana relança quatro móveis com assinatura de Le Corbusier: um banco, uma mesa, uma escrivaninha e um cabide.



Desenhos, croquis e protótipos: uma pesquisa cuidadosa, em colaboração com a Le Corbusier Foundation, trouxe às lojas da Cassina quatro móveis com desenho de Le Corbusier da década de 1950, todos em madeira: Tabouret, Table de Conférence, Table de Travail avec Rayonnages e Portemanteau - um banco/mesa lateral, duas mesas (de trabalho e de jantar) e um cabide.
Os móveis foram projetados originalmente para compor algumas das obras de renome do arquiteto, como a Maison du Brésil em Paris, a Unité de Habitation em Nantes-Rezé, a Unité de Camping e sua Cabana em Roquebrune-Cap-Martin - a Cassina, aliás, apresentou uma reconstrução da Cabana de Le Corbusier na Triennale di Milano de 2006. A empresa já comercializa móveis de Le Corbusier desde 1964 e detém a licença mundial exclusiva para a produção dos móveis.


Tabouret Cabanon, Roquebrune-Cap-Martin 1952
Um banco ou uma mesa de centro. A Tambouret foi desenhada para a Cabana de Le Corbusier. Os buracos oblíquos em cada um dos lados torna a peça de fácil manuseio. Medidas: 43cm x 27cm x 43cm. A mesma peça, mas em tamanho menor, foi criada para a Maison du Brésil (1959), a residência universitária em Paris. Medidas: 33cm x 25cm x h.43cm

Table de Conférence, Atelier Le Corbusier, Paris 1958
Le Corbusier pensou em uma mesa que servisse tanto para a casa quanto para conferências - com uma estrutura ao mesmo tempo orgânica e racional. A chave do projeto é utilizar duas figuras geométricas postas uma contra a outra. A tampa é feita de madeira e os pés, de aço, que podem ser laqueados em verde, cinza ou preto. Medidas: Ø185 cm x h.71cm


Table de Travail avec Rayonnages, Unité d''Habitation, Nantes-Rezé 1957
Há muitas versões dessa pequena escrivaninha - e a Cassina fez uma reinterpretação do modelo criado para os quartos das crianças na Unités d''Habitation. Medidas: 140cm/53cm x 70cm+27cm x h.72cm


Portemanteau, Unité de Camping, Roquebrune-Cap-Martin 1957
Le Corbusier desenvolveu este cabide pela primeira vez para sua Cabana. Mas o modelo reinterpretado pela Cassina é uma reedição do modelo desenhado para as Unités de Camping. Medidas: 66.5 cm x 60 cm x d.7 cm/11.5cm

Fonte: Piniweb